sexta-feira, 30 de abril de 2010

TRABALHOS CROQUIS DE MODA



"Permita que eu feche os meus olhos,pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era
apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.

Permita que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,e a dor é d
e origem divina.
Permita qu
e eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo,
e apren
da a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo"






Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.













"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem
o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,

tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostr
a.
Eu não
dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:

Em que espelho ficou perdida a minha face?"








E minha alma, sem luz nem tenda,
passa errante, na noite má,
à procura de quem me entenda
e de
quem me consolará...












E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

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