DESIGN DO SÉCULO

anos 90

anos 80

anos 70

moda espacial anos 60

Moda anos 50

A Laica, lançada em 1924, foi primeira câmera de 35 mm de uso generalizado produzindo fotografias de boa qualidade e branco – e – preto.

Prédio Bauhaus-Projetado Walter Groupius em 1935.

Porta do Elevador, o painel decorativo destas portas de elevador no Edifício Chrysler é característica da art déco. Com uso das curvas sobrepostas e o contraste proporcionado por diferentes texturas.

Capa da Revista Vogue

Broche arte neveau, design de jóias Réne Lalique

DIOR
1 - 1.900 a 1.914

O período que vai de 1.900 a 1914 é conhecida como La Belle Époque (A Bela Época), se distinguir pelo bem viver a ostentação do luxo e grande extravagância das calasses altas, a seguir junto com movimento Art Nouveau, houve uma onda de orientalismo; a guerra tinha como efeito abafar a moda, que, no entanto retomou logo seu ritmo, em 1919, com alinha tubular.
No Belle Èpoque, costureiros renomados definiram uma moda clássica severa para homens, sinuosa e pesada para homens, mas apareceu uma figura revolucionaria como Paul Poiret e marciano Fortuny, que procuravam reencontrar simplicidade das roupas greco – romanas e iniciaram um esboço de grandes revoluções na moda.
No inicio do século a maioria das nações européias esta se encontrava regida pela monarquia, algumas destas vivem até hoje enquanto a França já era uma República.
As classes trabalhadoras, francesas mostravam cada vez mais revoltadas com a maneira de como eram explorados pela aristocracia e pela burguesia. Classe social que enriquecia com desenvolvimento das cidades e do comércio detento parte do poder político e social, e que veio formar classes médias, alta e baixa. A alta costura contribuiu enormemente para isso: era freqüentada pela nobreza, pela classe média alta, e pela classe diplomática, por atrizes e pelas cortesãs (as famosas cocottes), mulheres sustentadas pelos homens ricos. Ela estabelecia os critérios para elegância para mulheres da sociedade ocidental; era um símbolo de status comprar um modelo exclusivo em Paris.
Ânimo pelo progresso e euforia das classes dominantes manifestava-se na exibição de suas grandes conquistas: sucediam exposições internacionais, congressos, grandes obras, logo no inicio do século, aconteceu em Paris a grandiosa Exposition Universelle de 1900 (Exposição Universal de 1900), o tema era fada eletricidade, a estrutura metálica da Torre Eiffel simbolizava o otimismo. Em Nova York arranha céus competiam em altura. Para demonstração de novas técnicas e recursos industriais e das artes, que teve enorme repercussão no mundo da moda, teatros em Paris eram locais prediletos das elegantes para mostrar suas luxuosas indumentárias, apesar da reação hostil de certas esferas conservadoras, o Art Nouveau foi aceito artesanato de vanguardas e assim introduzida na moda.
Ao inicio do século uma frenética série de avanços tecnológicos causava impacto na sociedade. O motor de combustão interna, o motor elétrico, telecomunicação permitiam que os fabricantes aspirassem a níveis de eficiência, outrora inimagináveis Artigos antes fabricados a mão poderia ser feita de modo mais rápido e barato pela máquina. A maquina também esta revolucionando mundo domestico e, com rádio, do telefone e da televisão, viria definir completamente a rede de comunicação no lar e trabalho, linha de montagem acelerou a produção de veículos, tornado carro o motor acessível a um mercado mais amplo.
Em 1903, os irmãos Wright voaram a distância de 40 metros num biplano a gasolina. Movimento de arte e ofícios, apesar do produto era Vitoriana, o movimento das artes deixou uma herança, que se estendeu no século XX. A preocupação maior de seus principais personagens era o fato de que os fabricantes da era da maquina eram movidos mais pela quantidade do que pela qualidade.O designer e teórico mais influente foi William Morris (18834 -96) sua empresa produziu uma grande variedade de objetos: mobiliários vitrais, papéis de parede, tecidos, cerâmicas, entre outras. Ele utilizava suas a habilidades conjuntas de artesão e artistas, essas obras se caracterizavam por suas referencias medievais e góticas. Morris acreditava que um bom designer tinha um efeito positivo e contribuía para uma sociedade mais feliz.
Arte Nouveau, por volta de 1900, já havia se considerado um movimento dominante, da década, o art nouveau, nascida do movimento de artes e oficio dos movimentos estéticos do século XIX embora também se inspirassem no passado, compartilhava de um entusiasmo pelo futuro que os diferenciavam do presente momento. O nome é derivado da loja do negociante de arte Samuel Bing, L’ Art Noveuau, inaugurado em Paris em 1895, os principais designers da Europa foram convidados a exibir seus trabalhos lá. Entre eles o belga Hery Van Del Verde (mobiliário), o norte americano Louis Comfort Tiffany (cristais) e os franceses Emile Gallé (cristais) e René Lalique. Este ultima foi principal expositor da art nouveau, com jóias refinadas eram feitas de cristal, pedras semipreciosas e ouro. A arte nouveau podia ser interpretada tanto de forma abstrata como absolutista seus princípios eram aplicados por qualquer design, desta arquitetura até joalheria.

Broche Art Noveau, joalheiro e designer de cristais René Lalique.

Porte Douphine entrada do metrô, arquiteto Hector Guimard


2 – 1910 - 19

Josef Haffmann foi um dos líderes do grupo dos artistas e arquitetos vienenses conhecidos como a secessão de Viena. Embora a arte da secessão fosse fundamentalmente art nouveau no estilo, seu designer é lembrado por um enfoque ornamental mais geométrico.
Wiener Werkstätte, em 1903 Hoffmann formou a Wiener Werkstätte com Koloman Maser, essa associação de oficinas tinha forte influência das guildas das artes de ofícios. A Wiener foi responsável pela produção de refinadas peças de joalheria de metal, tecidos, mobiliários e arquitetura.
A estética da máquina, a medida que século vou avançava, os designer passaram a se preocupar menos com estética do artesanato e a privilegiar a estética da maquina, em 1917, um grupo de pintores arquitetos, designer, e filósofos holandeses formou uma associação denominada de stijl (“O Estilo”), afastando-se da forma natural na arquitetura e no designer, tentava encontrar uma linguagem visual para representar uma nova estética da máquina, utilizando uma paleta limitada de cores.
Produção em massa o industrial Henry Ford fundou Ford Motor Company em 1903, em anos seguintes desenvolveu um sistema de produção em massa, a padronização de peças fácil de montagem móvel e, em 1913, a linha de montagem móvel. Quando aplicada ao Ford Modelo T este principio foi tão bem sucedido que de cada dois carros que rodavam no mundo afora, um era o Modelo T, produção em massa tornou mais acessível os bens, no entanto qualidade de vida do trabalhador começou a melhorar com introdução de uma multiplicidade de aparelhos que poupavam tempo e trabalho, como maquinas de lavar, secadores de cabelo e ferro de passar roupa. Eletricidade, a maior parte destes objetos não economizava tempo, mas poupava trabalho.
O nascimento da padronização de estilo nas empresas, nessa época na Alemanha, a empresa de produtos elétricos AEG percebendo a necessidade de unificar seu design, nomeou Peter Benhrens diretor artístico a padronização e a intercambialidade de componentes estabelecidos por Behrens foram cruciais para sucesso da empresa. Um claro exemplo foi os designs de chaleiras elaborados por ele em 1909, que permitiram 80 novas variações baseando me três modelos básicos apenas.

A Bauhaus, em 1919, formou-se na Alemanha seu objetivo era treinar artistas para trabalho ligados à indústria e, embora suas realizações possam facilmente ser superestimada, deixou uma impressão duradoura sobre design do século XX, utilizando diversos materiais industriais, reduzindo seus elementos básicos e desprovidos a seus elementos básicos e desprovidos de decoração eles evitavam fabricar produtos com referencia histórica. O maior sucesso da escola foi com os métodos de ensino, copiados em todo mundo.

Ford Modelo T 1908, 1° carro produzido em massa.
Prédio Bauhaus-Projetado Walter Groupius em 1935.


03 – 1920- 29

Na influente Exposition Internacionale dês Arts Décoratifs et Industrials Modernes de 1925, em Paris, o arquiteto suíço Lê Corbusier projetou um dos pavilhões e o intitulou L’ Esprit Nouveau, era um modelo de modernismo: paredes brancas lisas, estrutura de concreto e grandes extensão de vidro unificadas por uma geometria inflexível. Seu mobiliário era despretensioso do tipo que se acha a venda nas lojas incluindo poltronas.
Art Déco foi inspirada na arte não ocidental, especialmente as da África e do Egito, popularizada pela descoberta, em 1922, do túmulo de Tutancâmon por Haward Carter. Os bales Russos de Diaghilev que estream em Paris em 1909 e os quadros cubistas de Pablo Picasso. (1881 – 1973) e George Braque (1882 – 1963) fascinaram a imaginação dos designers. No entanto, a art déco não foi um movimento de design, e sim um compartilhamento de um enfoque estilístico, a interação de formas geométricas, os padrões abstratos de ziguezigues, asnas e refulgência executadas em cores brilhantes e o uso de bronze, marfim ébano eram traços comum a todos. A arte Déco não ficou restrita aos ricos, na verdade materiais novos e baratos como baquelita, eram flexíveis e populares. A Arquitetura externa dos prédios de cinema, bem como seus interiores suntuosos, desempenhou um papel importante para arte déco. Em Nova York, o maior movimento da arte era construção de prédios o edifício Chysler, de William Van Alen. Esse arranha céu expressa glamour da arte déco, tanto na sua decoração interna com externo quanto nas formas.
A moda da década de 20, o charleston se tornou uma febre de dança a varrer os EUA. Para executar uma dança tão vigorosa, os vestidos tinham que ser mais curtos a fim de permitir maior mobilidade.
A era jazz, reino da diversão também influenciou gosto do público. Surgido na Nova Orlens por volta da virada do século, tornaram-se a música da moda com desenvolvimento de swing em Chicago, grandes conjuntos tocavam com orquestração escrita. Benny Goodman, Count Basie, Artie Shaw e Glenn Miller eram principais músicos. Radio City Music Hall, em Nova York, inaugurado em 1932, foi projetado em estilo arte déco por Donald Deskey usando um motivo jazzístico. Padrões similares foram usados em tecidos papéis, de parede cerâmica.
Suprematistas, Construtivistas e Vkhutemas, na Rússia, um desejo similar aos dos designers holandeses do de stijl, inspirou diversos artistas, entre quais pintor Kazimir Malevich, que procurava uma relação universal entre as formas geométricas e a cor pura. Como a Bauhaus, o objetivo era formar artistas ora indústria. Ela compartilhava de muitas das características da escola Alemã; na verdade Wassily Kandinsky e El Lissitzky trabalharam em ambas organizações. Um dos professores da VKhuTEMAS, Aleksandr Rodchenko, projetou o mobiliário para o clube dos trabalhadores na Exposição de Paris de 1925. os tecidos produzidos por sua esposa Varvara Stepanova (1894 – 1958), e Lyubov Popova (1889- 1924) também foram inseridos na produção. Todavia, dos muitos protótipos de móveis criados pela escola, nenhum foi industrializado.

A vogue era uma das revistas que apresentava ás mulheres, primeiro nos EUA e depois na Europa, Austrália. Esta capa estilizada foi projetada por Eduardo Benedito em 1927 para número sobre a moda em Paris.

A Laica, lançada em 1924, foi primeira câmera de 35 mm de uso generalizado produzindo fotografias de boa qualidade e branco – e – preto.

Porta do Elevador, o painel decorativo destas portas de elevador no Edifício Chrysler é característica da art déco. Com uso das curvas sobrepostas e o contraste proporcionado por diferentes texturas.

04 1930 A 1939

Deste o inicio do século, os designs vinham testando os efeitos da dinâmica dos corpos na água e no ar. Com base em estudos sobre a fama e movimento de peixes e pássaros, descobriu-se que barcos e aviões podiam ser mais eficientes se tivessem o nariz e a fuselagem polidos. Em 1933, o Douglas DC1 fez sua estréia no transporte de passageiros. Radicalmente diferente de seus desajeitados predecessores, ele possuía uma estrutura aerodinâmica monocoque, asas integradas e um revestimento de alumínio reforçado e resistente a ponto de dispensar os tirantes. O DC1, juntamente com o Boeing 247, assinalou o início do moderno vôo comercial de passageiros. Em 1934ª Chrysler lançou o seu novo carro aerodinâmico. Seu corpo unitário curvo, os pára-brisas inclinados e a traseira prolongada eram tão diferentes dos carros anteriores que o público não aceitou, sendo sua fabricação interrompida depois de apenas três anos. No entanto, sendo um sucesso de engenharia, contribuía muita para aplicação da aerodinâmica ao design de carros, preparando caminho para design como Fredinand Porsche criassem seus carros esportes aerodinâmicos.
Aerodinâmica norte-americana implica velocidade, eficiência e, acima de tudo, modernidade. Com a art – déco, ela virou um imperativo comercial, pois era óbvio que o consumidor sentia atração, se não pelo Airflow, por outros produtos aerodinâmicos. A primeira evidência segura desse fato veio em 1929, quando Raymond Loewy reprojetou o duplicador Gestetner. Até então era o protótipo de maquina.
Design, Raymond Loewy foi uns dos design bem – sucedidos dos EUA. Essencialmente um estilista, foi responsável pela remodelagem de diversos produtos, inclusive o refrigerador Coldspot Super Six, a embalagem de cigarros Luck Strike, o ônibus Silvesides Greyhound e o logotipo da Shell, quando assunto era aerodinâmica ninguém superava os design norte-americanos. Suas teorias resultaram num estudo de ergonomia (como seres humanos se relacionam com objetos), e de antropometria (estudo das dimensões e da força do corpo).

Design Ergonômico, os projetos de Henry Dreyfuss levaram em conta a conformação do corpo humano; em 1937, em trabalho conjunto com engenheiros e design desenvolveu este telefone, tornando-o extremamente prático e elegante.


Trem de City of Salina, este trem primeiro modelo aerodinâmico norte-americano, foi projetado em 1935, a frente e a traseira em forma de torpedo e o chassi blindado reduziam a resistência do vento.



05 1940 A 1949

A Segunda Guerra Mundial exerceu um forte impacto sobre design e a fabricação de produtos. Os países envolvidos nas hostilidades logo restringiam o uso de matérias primas, e as próprias fábricas muitas vezes passaram a se dedicar à produção militar. Em 1941 a Grã Bretanha introduziu um plano de racionamento na tentativa de gerenciar o uso de recursos escassos. O conselho do design, presidido por Gordon Russell, foi encarregado de aprovar designs para a produção. O conselho seguia principais derivados do movimento de arte dos ofícios, mas também recebia influencia dos modernistas europeus. O mobiliário deveria ser forte e atraente, mas sem desperdício de material. Alguns materiais como prata alumínio foram completamente vetados ou não encontrados até tinta para tecidos teria que ser aprovada pelo programa de racionamento.
Designs da Austeridade, claro que não foi só Grã – Bretanha que governo exerceu controle sobre a produção. Na maior parte da Europa, no Japão e nos EUA, as restrições governamentais impediam uso de materiais escassos. Os designs foram chamados para trabalhar em diversas comissões governamentais e muitas vezes receberam uma oportunidade inesperada para testar novos materiais. Essas experiências renderam dividendos após a guerra, pois designers aplicaram os novos materiais aos produtos que haviam criados para mercado interno. Embora fossem de baixo custo e, em geral, bem feitos, eram por vezes sem graça, faltando ainda requinte e luxo. Em vários países, as regras se estenderam por muito tempo depois do final da guerra, os consumidores começaram a se impacientar com a persistência das restrições.
A moda New Look, foi um grande alívio quando Christian Dior exibiu sua primeira coleção em Paris em 1947. Mulheres despreparadas para se desvencilharem das roupas sóbrias dos anos da guerra adotaram New Look extremamente feminino, com corpetes suavemente arredondados, cintura apertada, saias longas e cheias e sapatos de salto bem alto. Em face do racionamento ainda em vigor em muitas partes da Europa, os vários metros de tecido exigido para a confecção de saias enormes eram quase impraticáveis. Nem todas mulheres gostaram do visual e, algumas, que o encaravam como extravagantes e leviano, fizeram protesto contra Casa Dior, aumentando sua celebridade. Para homens, também os ternos disformes dos tempos de guerra foram substituídos, adquirindo uma silhueta mais esguia.
Design Italiano, na Itália em 1946 o antigo designer de helicópteros, Corradino d’ Ascaino, projetou a motoneta vespa para Piggio. Esse veiculo aerodinâmico e moderno se tornou um símbolo da ricostruzione de pós guerra e um sucesso mundial de vendas. Depois da guerra, a Itália consolidou seu design, tornado –se líder mundial. Campanhas como Fiat, Olivetti e Cassina contratavam designers de vanguarda para que criassem produtos capazes de sustentar sua posição no mundo do comércio internacional.
Novos matérias, o plástico se tornou cada vez mais importantes depois da Segunda Guerra Mundial e seu uso alterou bastante o visual dos objetos. Até então ele havia sido encarado apenas como um substituto, porém depois da guerra, muitos designers resolveram explorar as propriedades de plástico especiais em projetos isolados. Citemos apenas alguns exemplos, o acrílico, como o Perspex, fora descoberta na década de 30 e empregado no design de móveis, além de ser substituído mais leve para vidro. Película transparente, como o PVC, foi usada para produzir capas impermeáveis e guarda – chuvas. O náilon foi usado pelas forças armado norte-americanas em pára – quedas.
Rádio e Televisão as estações de rádio haviam começado a transmitir no inicio da década de 20, e o rádio caseiro ganhou popularidade na década seguinte. Todavia só com Segunda Guerra Mundial os diversos governos em conflito perceberam o potencial do rádio para disseminar informação e propaganda, tanto para a população local como para o inimigo. Depois da Guerra a televisão começou a causar impacto na vida doméstica. Um transmissor de televisão fora exibido por John Logie Baird em 1926, mas só no final da década de 30 os tubos de raios catódicos puderam receber transmissões de alta definição. Como os rádios e os toca – discos, as primeiras televisõeA moda New Look, foi um grande alívio quando Christian Dior exibiu sua primeira coleção em Paris em 1947. Mulheres despreparadas para se desvencilharem das roupas sóbrias dos anos da guerra adotaram New Look extremamente feminino, com corpetes suavemente arredondados, cintura apertas eram embutidas em armários convencionais, que lhes davam aparência de móveis, sem nenhuma indicação de sua verdadeira função.

New look – da Dior
Causou poderoso impacto, suas roupas faziam mulher se sentir novamente feminina.

Modelo de parelho de televisão – com armário para camuflar sua função. 1940 -49


Cartazes de Guerra, todos países contrataram designers gráficos para produzirem cartazes.


06 1950 A 1959

O inferno da Segunda Guerra Mundial deu lugar ao terror da Guerra Fria, travada entre EUA capitalistas e os URSS comunista. A competição envolvendo os dois sistemas políticos foi simbolizada pelo programa espacial: a frenética corrida entre as superpotências em busca da liderança na exploração espacial. Os soviéticos saíram na frente: em 1957, lançaram o Sputnik I, o primeiro satélite orbitar a Terra e, em 1961 o cosmonauta soviético Yuri Gagárin serio o primeiro homem a ser lançado no espaço, apenas oito anos depois, o norte americano Neil Armstrong daria seu salto gigantesco para a humanidade ao caminhar sobre superfície da lua. A ciência as viagens espaciais e a ficção cientifica se tornavam uma obsessão, motivos científica passou a ser associado com a modernidade e a aparecerem em todos lugares.
Consumo na década de 50, o design de carros nos EUA ganhou uns visuais novos extravagante, inspirados pelos aviões e foguetes, Harley Earl, da genetal motors, começou alterar as formas dos carros num estilo que expressava confiança do pós – guerra na sociedade norte – americana. Nessa época, surgiu nos EUA a polêmica estratégia da absolescência planejada. Com introdução de pequenas mudanças estilísticas, as empresas lançavam novas versões de seus produtos a cada ano, atingindo aqueles que se preocupavam com status social tornando obsoleto o estilo do carro do ano anterior.
Estilo internacional em contraste com cinismo da adolescência planejada, algumas campanhas, em especial a Braun, na Alemanha, e o Saab, na Escandinávia, começaram a projetar e comercializar bens duráveis, em 1955 o design industrial, pintor escultor suíço Max Bill (1908) foi co-fundador da Hachschule für Gestaltung, em Ulm, na Alemanha. Bill estudava na Bauhaus e seu objetivo era dar continuidade á abordagem racionalista da escola de design. Esse ressurgimento do estilo modernista assumiu, com maior intensidade, a busca por uma estética da máquina; exigia que o design se voltasse para o futuro, refletindo a vida moderna e abraçando tecnologia. Esses enfoques funcionalistas, rotulados freqüentemente de estilo internacional, encontraram sua representação mais clara nos designs da escola de Ulm, tudo que fosse desnecessário ao funcionamento do produto era eliminado. Linhas simples, durabilidade, equilíbrio e unificação era as exigências fundamentais. Todos produtos da Braun eram semelhantes, em geral com acabamento em branco ou preto lustroso, com logo tipo da companhia bem legível.
Transistores uma das inovações mais importante no visual dos equipamentos eletrônicos decorreu da invenção do transistor, em 1947, pelos laboratórios Bell. Feito de silicone e ligado corrente elétrica de baixa voltagem, esses pequenos robustos foram usados em artigos como rádios, televisores e toca – discos, substituindo a incomoda válvula elétrica. O tamanho reduzido do transmissor dava liberdade para os designers reduzirem todos os outros aparelhos elétricos. Paises importantes nos anos 50 marcam um ponto alto no design italiano do século XX. Design como Gio Ponti, Marco Zanusa, Marcello Nizzoli, os irmãos Castiglioni, Pinin, alcançaram grande sucesso para si próprios e para companhias como a Olivetti. A Dinamarca teve papel importante para design especialmente pela mobília produzida em massa, as luxuosas pratarias, tecidos e papeis de parede inovadores. Os vizinhos da Dinamarca também produziam um design de muito sucesso.

O herói Dan Dare, muitos fabricantes viam uma obsessão espacial uma oportunidade magnífica para criação de novos produtos, uma serie de brinquedos, por exemplo, apresentava Dan Dare, o herói do gibi inglês.

O carro dos sonhos de Harley Earl, tid por muitos como o ponto alto do design da década de 50, o cadilallac Eldorado cor-de-rosa de 1950, conversível e semelhante a um foguete parece realmente um produto da fantasia.

07 1960 A 1969

Na década de 60, os indivíduos nascidos durante o baby boom do pós –guerra haviam crescidos e formado um novo e poderoso exercício de consumidores. Tornavam-se adultos numa época de otimismo e autoconfiança inigualável e incontidos: a guerra e a austeridade do pós – guerra haviam acabado; os homens viajavam pelo espaço e logo iam chegar a lua; o primeiro transplante de coração fora realizado e, sessenta anos depois de o primeiro avião cruzar o Canal da Mancha, o Concorde atravessava o oceano Atlântico em velocidades superior à do som. Assim começou a rejeição do modernismo, considerando incapaz de atender ás demandas desse ávido exercício de novos consumidores desejosos de mudança e variedade em vez de permanência e uniformidade. Desejavam sobre tudo um visual que pudessem chamar de seu, que os destingissem de seus pais e reforçasse o abismo que se ampliara entre as gerações do pré e pós – guerra.
Massificação do consumo, durante este período a força do anúncio, especialmente na televisão, levou ao nascimento de consumo em massa. Os fabricantes reconhecem rapidamente o poder de compra da população adolescente e começa a criar produtos visando especialmente ao mercado jovem. Uma combinação de novos materiais, formas, tecnologia e cores disputavam a atenção desses jovens abonados. Na industria automobilística nasceu mini , na moda o advento da minissaia e no mundo gráfico, Wes Wilson criou pôster praticamente ilegíveis. Surgiam milhares de design.
Psicodelismo movimentos jovens fervilhavam, cada um com música, vestuário e visual próprios, um deles psicodelismo, teve vida curta, mas incandescentes, e foi muito influente. Os designers psicodélicos da época rejeitavam o modernismo como algo fora da moda. Enquanto modernista olhavam apenas para o futuro em busca de inspiração, o psicodelismo olhava para todos lugares, muitas vezes através das névoas das drogas alucinógenas, seus artistas buscavam inspiração no inicio do século, incorporando aspectos da art nouveua e da secessão de Viena em seu trabalho; olhavam para Oriente e regrediam até Egito antigo em busca de referências; olhavam também para seu próprio mundo, criando uma linguagem visual inspirada na droga que visava um público seletivo.
A moda na década de 60, no mundo da moda, um dos maiores nomes é o de Mary Quant. Rejeitando a hout couture, Mary direcionava seus designs aos jovens e produzia roupas baratas e divertidas. Ela continuava sendo lembrada como responsável pela introdução da minissaia e pela libertação sexual na Inglaterra. A era espacial continuava influenciar a moda.
Art Pop a moda e arte exerceram forte influência sobre design dos produtos, e nenhum movimento artístico causou maior impacto sobre design comercial que a arte pop. Artistas pp como Andy Warhol, Jasper Johns (1930) Roy Lichtenstein (1923) e Robert Indiana virava arte mundial de cabeça para baixo introduzindo cotidiano em seus estúdios e reciclando-o numa arte irônica e irreverente. Ironicamente os próprios fabricantes começaram a usar art pop no design dos produtos, no marketing e na publicidade, a tal ponto que logo se tornou parte de seu cotidiano. A imagem LOVE de Roberto Indiana apareceu em 40 milhões de selos postais. Outros movimentos artísticos como op art, também foram utilizados pelo design de produto e tecidos.
Na influência italiana na Europa havia assumindo a liderança no cenário internacional, e muitos reconheciam a influência dos artistas pop em seu trabalho. Joe Colombo, Ettore Sottsass e Marco Zanuso, livres das restrições do modernismo, assumiram o espírito lúdico da época e começaram a brincar com seus novos temas. Seu trabalho chamado de radical ou antidesign caiu no gosto popular. O design italiano contribuiu com inovação na mobília, estes influenciaram os pós-modernistas das décadas seguintes.

Pôster psicodélico para o LP Dylon o próprio Bob Dylan torno-se um ícone da década de 60. Ilustrado aqui por Milton Glaser, em 1966, o cabelo de Dylon toma forma de ondas psicodélicas coloridas.

Roupas da era espacial em 1969.


08 1970 A 1979

A Itália continua como centro do design e líder do design radical na década de 70. Muitos de seus princípios vincularam-se ao mais importante movimento da década – o pós - modernismo.
Pós Modernismo termo que pode ser aplicado a muitos aspectos culturais e socioculturais de nossas vidas, mas tem particular importância no mundo da arte. Arquitetura e design são essencialmente uma rejeição a todo legado do modernismo, que os detratores atacavam como estilistas, ininteligível e sem apelo. O objetivo dos pos modernistas era popularizar o erudito e tornar intelectual acessível. Inspiravam-se livremente na história, alterando cor, textura ou material, muitas vezes numa parábola bem – humorada da fonte original, embora muito dos protagonistas mais importantes seja italiano, trata-se de um movimento internacional. Entre seus líderes esta Ettore Sattsass.
Os pós - modernistas rejeitavam os objetos utópicos dos modernistas rejeitavam os objetos utópicos dos modernistas e sua busca por uma estética universal e em vez disso, procuravam criar uma linguagem visual feita através de signos, metáforas visuais, referências ao passado e ao trabalho de outro design. Conseqüentemente, os pós-modernistas têm sido acusados de dar continuidade ao elitismo que despreza ao assumirem a interpretação das referências feitas em seu trabalho e ao privilegiarem piadas internas, outra critica direcionada ao pós – modernismo é a de ele ter sido manipulado pelas forças comerciais e não tem produzido muito mais do que uma mistura incoerente de estilos. Na década de 70, os fabricantes exigiam ser confeccionado para atender ás demandas de um mercado reduzido. Isso levou o afastamento da ênfase na produção em massa rumo ao atendimento das necessidades individuais.
Outro setor importante de influência do design italiano na década de 70 foram os carros esporte. A década de 70 foram os carros esportes, a década viu o nascimento do supercarro com que os fabricantes italianos Lomborghini, Ferrari e Lancia competiam com os similares da Porsche, Triumph e Jaguar na produção de carro mais elegante, baixo, rápido e potente do mundo. Na década de 70 Japão passam liderar o design de automóveis e, sobretudo, de motocicletas, graças ao esforço da Yamara, Honda, Suzuki e Kawasaki. Os japoneses também lideravam na inovação tecnológica sendo que muitas outras empresas expandiam suas vendas.
O microchip uma das mais importantes invenções do século, foi originalmente concebido por um norte americano, Jack Kirby, da Texas Instruments. Com seu desenvolvimento, os componentes eletrônicos tornavam-se cada vez mais diminutos. Por volta de 1970, por exemplo, milhares de componentes foram gravados em um único chip de silicone de apenas 5 mm². Sem essa invenção, o computador pessoal ocuparia uma sala toda e a calculadora de bolso chegaria ao tamanho de um carro.

Arquitetura Pós-moderna, a estação de bombeamento do arquiteto John Outram, em Blackwall, Isle od Dogs, Londres.

Ferrari 365 GT 4
Berlinetta Boxer foram produzidas entre 1973 e 1976, na época lançada foi considera um dos carros Gt mais velozes, foi revendido com o dobro de seu preço original.



09 1980 A 1989

Os avanços tecnológicos produziam muitas mudanças na penúltima década do século XX. A era do computador chegou definitivamente, e os designs passaram a usar programas cada vez mais sofisticados para executar vários aspectos do design de produtos que eram tradicionalmente desenhados a mão. Para os designs gráficos, a nova tecnologia criou também milhares de novas possibilidades de lidar com composição tipográfica e a reprodução de imagens.
A tecnologia computadorizada começou se estabelecer lentamente na década de 80, acelerando espantosamente em 90. O primeiro computador PC havia sido desenvolvido pela IBM no final da década de 70, sendo lançado como IBM – PC em 1981. Todavia, a verdadeira ruptura veio com o Macintosh da Apple em 1984, que aperfeiçoou o acesso do usuário ao computador pessoal e introduziu o agora indispensável mouse.O compct disc (CD) lançado em 1982, revoluciona a industria da música a informação é gravada digitalmente, como uma serie de números. Além de uma informação sonora o Cd é capaz de armazenar textos e fotografias e até seqüências de vídeos. Esta função é utilizada no parelho de CD ROM, inventado em 1985 pela gigantesca fabrica holandesa de produtos eletrônicos, a Philips, essa inovação foi conjuntamente com Sony. Basicamente constituído de CD adaptado para uso no computador, o CD ROM pode armazenar mil vezes mais informação do que um disquete. A idéia global começou a ser usada á medida que a nova tecnologia tomava possível a comunicação instantânea com praticamente qualquer parte do mundo. Aparelhos de fax se tornavam parte integrante de escritórios; modems e correios eletrônicos (e-mail) permitiam que pessoas se comunicassem de forma barata e instantânea através do computador. Os satélites foram desenvolvidos pela NASA na década de 60, outras invenções telefone celulares ou portáteis, desenvolvidas pela primeira vez pela companhia sueca Ericsson, tornou-se comum durante esta década.
Design Punk e Britânico no final do século 70, a Inglaterra assistiu ao surgimento de um novo comportamento agressivo nas ruas, o punk, que iria em forma menos hostis influenciar as artes gráficas, a moda, a coleção Pirata de Vivienne Westwood, de 1981, traduziu visual pink num estilo de sucesso nas principais butiques e assinalou o renascer da moda britânica como uma força internacional. O punk também exerceu grande influência sobre as arte gráfica new Wave, exemplificado na Inglaterra pelas polêmicas capas de disco de Jamie Reid para o Sex Pistols e pela revista i-D, de Terry Jones. Um pouco do atrativo chocante do punk também se evidenciava no mobiliário de Ran Arad e nos design industrial de Daniel Weil.
Memphis sem dúvida o mais importante grupo de design da década fundada em Milão por Esttore Sattsass depois que abandonou o radical Studio Alchimia, em 1980. Sattsass cercou-se de um grupo internacional de arquitetos e design de mobiliário, tecidos e cerâmicos do qual faziam parte Andréa Branzi. Suas obras foram exibidas pela primeira vez em Milão de 1981 o sucesso foi imediato embora alguns críticos os acusassem de falta de gosto. Como grupo pós – moderno. A Memphis se inspirava numa variedade eclética de fontes, desta arquitetura clássica até kitsch de 1950. Utilizava de modo surpreendente e inovador cores ousadas, e até ultrajantes, dando mais ênfase ao visual e significado do objeto do que a seu uso pratico. O que se inicio com uma ventura polemica revelou-se sucesso.
Design Universal apesar de ser objeto de uma preocupação cada vez maior durante as décadas de 80 e 90, o design universal ou design para portadores de limitações físicas ainda é campo bastante negligenciado. Consciência social, o problema era que design, durante muito tempo, concentra-se na produção e no consumo. Uma serie de ameaças ecológicas da década de 80 levou eles facilitarem mais a questão do verde. Um dos resultados foi criação de produtos recicláveis. O design francês Philippe Stack, uma das estrelas da década, cria suas cadeiras empilháveis, cujas penas eram atarraxadas e não coladas ao corpo para que peças pudessem ser retiradas e recicladas.

Obra de Philippe Starck... Mesa em forma de vaso.

O Telefone Móvel Cellnet

Fenômeno de Markenting
CD -ROM


10 A DÉCADA DE 90

Trevor Baylis, inventor inglês, ao visitar a África no início dos anos 90, notou a importância do rádio para transmissão de informação a comunicação remota aonde não chegava a energia elétrica. Embora muitas comunidades tivessem rádios, não eram de muita serventia, pois as pilhas eram caras de mais. Isso significa que informações valiosas, especialmente as relativas à saúde, nem sempre chegavam àqueles mais necessitados. Diante disso, Baylis inventou em rádio mecânico que gera sua própria energia. Em colaboração com um fabricante, produziu um modelo de sucesso, que esta atualmente em uso na África. Esse invento enfatiza dois dos mais importantes imperativos do design na década de 90: ecologia e comunicação.
Preocupações ecológicas ma década de 90 se torna freqüente em reverter os danos infligidos ao planeta pelo homem com a industrialização em massa dos séculos XIX, ou, pelo menos, procuram conter os danos futuros. Em 1995 cientistas descobriram que havia um buraco perigosamente na camada de ozônio e afirmaram que, caso se permitisse o seu crescimento, a temperatura do planeta aumentaria e seus efeitos seriam catastróficos. Os governos respondem com uma velocidade atípica colaborando com protocolo de Montreal – assinado em 1987 e ratificado em 1900, e impondo controles sobre produtos como aerossóis e refrigeradores que contenham cloroflurcarbonos. O desenvolvimento de outras formas de comunicação e de armazenamento de informação, além da ampliação do uso de papel reciclado, surge em respostas ao rápido esgotamento das florestas em decorrência da crescente demanda de papel e madeira. No entanto a idéia de um escritório sem papel, baseado apenas em arquivos eletrônicos, ainda esta longe de ser realizado.
Bens recicláveis, a absolescência planejada começa a ser substituída por uma abordagem mais responsável da durabilidade dos produtos. Alem de incluir outros materiais recicláveis em seus produtos, os designs estão criando produtos mais eficientes no que se refere à energia, e que podem ser reciclados ou concertados. Um carro bem projetado é aquele que tem baixo consumo de combustível, polui pouco, é durável, de fácil manutenção e, ao final da vida pode desmontá-lo e reciclar ou eliminar seus componentes de forma segura.
Avanço na comunicação em massa tem visto nos anos 90 os mais espantosos avanços na comunicação. A Internet e a superinfovia prometem exercer tanto impacto em nossas vidas quanto a invenção do telefone, da televisão ou do carro. Basta um computador para ter acesso instantâneo a informações em todo mundo.
O futuro, na ultima década do século a velocidade do desenvolvimento científicos e tecnológicos não dá sinal de desaceleração, aumentado com uma rapidez atordoante. As mudanças que virão no próximo século serão ainda mais acentuadas do que as deste século. Embora seja impossível prever exatamente o que futuro trará, existem alguns indicadores. Por exemplo, estão sendo criadas maquinas de apenas meio milímetro de diâmetro que podem ser injetadas nas veias para eliminar coágulos no sangue. O telescópio Hubble envia fotografias que estão alterando nossa compreensão do universo e que podem reavivar o interesse pela exploração espacial. Na industria do transporte fala-se numa nova e revolucionária geração de superjatos que ultrapassarão o concorde e voarão fora da atmosfera terrestre. Eles tornarão possível a realização de vôos transglobais numa fração do tempo requerido atualmente.

Arquitetura moderna aeroporto internacional de Kansai, na baia de Osaka, Japão, foi projetado por Renzo Piano.

Design Ergonômico, à medida que mais pessoas trabalhavam em casa, os fabricantes de computadores procuravam adequar a aparência externa de seus produtos ao desejo dos usuários por máquinas de melhor aparência.